No seguimento dos pedidos de insolvência que entraram nos tribunais nos últimos dias e da iminente rutura da modalidade, mais de um terço dos delegados (como previsto nos Estatutos) acabam de pedir a realização de uma Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Remo com carácter de urgência.
Esta situação decorre também da circular que a FPR acaba de distribuir em que acusa o Governo e uma câmara municipal pela situação de falência em que a mesma se encontra, e que diz ser motivada pelo impacto da realização do Campeonato da Europa em Portugal. Ora a verdade é que o dito campeonato custou mais do que 5 vezes o que custou o campeonato equivalente da canoagem. A verdade é também que no ano em que o Campeonato se realizou a FPR até apresentou lucros. A verdade é ainda que todos os anos (exceto precisamente aquele em que decorreu o dito campeonato) o senhor Rascão Marques gerou elevados prejuízos à FPR, bastando para tal consultar as contas que são públicas.
A situação da FPR não é culpa nem do Governo nem da Câmara de Montemor-o-Velho, que aliás apoiaram grandemente aquele evento. É antes culpa da gestão danosa e irresponsável do senhor Rascão Marques e que se espelha nos resultados económico-financeiros, mas também no plano da ilegalidade geral em que atua.
A próxima AG da FPR será assim um momento histórico, em mais de 100 anos de remo em Portugal, porque poderá representar a salvação, ou não, da Federação que administra a modalidade, com os poderes públicos que lhe foram conferidos pelo Estado.