O Diretor Geral do Sport Club do Porto, Jorge Mota Santos, acompanhado pelos elementos do Gabinete de Apoio Técnico/SCP, está a realizar no Centro Hípico, de 20 a 23 fevereiro, uma “Visita de Trabalho e Auditoria de Procedimentos”.
Os trabalhos iniciaram-se na manhã do dia 20 de fevereiro, no CH, com uma apresentação realizada pelo DG e focada nos objectivos, metodologia e conceito da visita de trabalho.
Na parte da tarde o Presidente do SCP, Paulo Barros Vale, visitou o CH, inteirou-se do desenvolvimento dos trabalhos e apresentou orientações na prossecução dos mesmos.
Ao ‘site’ do Sport, o Diretor Geral deu a conhecer a forma como estão a decorrer os trabalhos.
SCP: Como enquadra a presente “Visita de Trabalho e Auditoria aos Procedimentos” ao Centro Hípico?
DG: Antes de lhe responder directamente à sua pergunta, permita que lhe exponha as situações que a precederam.
Nos termos do artº 50º dos “Estatutos do Sport Clube do Porto”, ratificados na Assembleia Geral de 4 de Outubro de 2012, encontra-se estabelecido que «A Direcção é constituída por um Presidente, quatro Vice-Presidentes e seis Directores».
Em 5) do Artº 52º (Atribuições da Direcção) dos Estatutos, encontra-se estabelecido que é atribuição da Direcção «Elaborar os regulamentos que entender necessários para o funcionamento do Clube em geral e das suas dependências, podendo nomear as pessoas, comissões, que julgar convenientes para esse efeito, bem como tratar de outros assuntos de interesse para o Clube;
Na Reunião da Direcção, tida em 30 de Janeiro de 2013, foi decidido, por unanimidade, a criação do cargo de Diretor Geral, com as seguintes competências e tarefas:
- Coordenar os diversos serviços Administrativos, Financeiros e de Recursos Humanos do SCP;
- Liderar a implementação e execução das políticas e acções emanadas do órgão de Direcção do Clube;
- Envolvimento na reestruturação dos serviços do SCP;
- Identificar e promover a realização de diversas poupanças e optimizações internas;
- Liderar projectos materiais e imateriais geradores de novas receitas para o SCP;
- Apresentar no prazo de 3 meses, contados a partir de 1 de Fevereiro de 2013, uma proposta integrada e exequível de:
– Reestruturação dos serviços;
– Reestruturação da estrutura associativa;
– Reestruturação do funcionamento do clube;
– Actualização dos métodos de trabalho do clube;
– Modernização/valorização dos Recursos Humanos da Instituição;
- Constituir como prioridades de preocupação os projectos mais prementes, mais facilmente geradores de receita e mais facilmente geradores de aumento do número de associados;
- Consolidar o processo de recolha de informação do SCP;
– Compilação dos documentos Oficiais do clube.
– Compilação de toda a documentação oficial relacionada com as suas tarefas.
Em 1 de Fevereiro de 2013, tomei posse como DG/SCP.
Como pode ver, a presente “Visita de Trabalho e Auditoria aos Procedimentos” ao CH está perfeitamente enquadrada e fundamentada nas minhas competências e tarefas como DG/SCP.
SCP: Tendo o SCP um universo de actividades desportivas, culturais, recreativas e sociais, dispersas por um universo de cerca de 21 secções, centros, delegações e actividades protocoladas, sediadas no Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, quais foram os motivos que o levaram a “dar o pontapé de saída” das suas actividades aqui no CH?
DG: Uma das primeiras tarefas a que me dediquei foi a elaboração de uma proposta de reorganização dos elementos que compunham uma estrutura do antecedente designada por «sede» e que funciona nas instalações administrativas da Vila Desportiva do SCP, no Parque da Cidade.
Essa proposta (Informação nº 06/2013/DG de 18Fev13) foi aprovada por despacho do presidente da Direção Paulo Barros Vale na mesma data e foi implementada a seguinte estrutura, na minha dependência directa:
- Um Gabinete de Apoio Técnico (GAT), com as valências de Administração, Relações Externas, Fiscalidade, Gestão Desportiva, Finanças e Contabilidade e Assessoria de Imprensa;
- Um Gabinete de Apoio Geral (GAG), com as valências de atendimento, secretariado, arquivo, gestão de sócios, conservação, manutenção, vigilância e segurança;
Nas reuniões tidas entre mim e o GAT, elencámos e priorizámos os projetos mais prementes determinados pela Direcção do SCP, tendo-nos surgido o “Projecto Prelada/Complexo Lúdico Desportivo (PP/CLD)” no topo da lista.
Esse projecto, que é uma parceria entre a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) e o SCP, visa a transferência do Centro Hípico e atividades conexas das atuais instalações em Silva Porto para o Parque da Prelada.
Como compreende é necessário que Direcção do SCP conheça pormenorizadamente o funcionamento do actual CH, no sentido de verificar se os procedimentos e normativos actuais estão, ou não, adaptados à nova realidade do PP/CLD, se os recursos humanos e respectivas competências estão ajustadas às futuras necessidades, se a centralização de actividades no actual CH é compaginável com a dispersão física que irá existir no PP/CLD, se existem equipamentos e materiais passíveis de transferência para o PP, para proceder a uma análise de riscos, possibilidades, limitações e constrangimentos e encontrar as soluções que garantam que a deslocalização do CH decorre com eficiência e eficácia e calendarizar e sincronizar todas as tarefas intrínsecas.
E é por tudo isto que aqui estamos, eu e os elementos do GAT que me acompanham. Alberto Baldaque (Administração e Fiscalidade), Emília Moreira (Finanças e Contabilidade) e José Santos (Gestão Desportiva), fisicamente instalados no CH, a levantar todos os processos e a ouvir todos os elementos que aqui prestam, no sentido de conjuntamente levantarmos as diferentes tarefas e modalidades de ação, que servirão para que eu possa apresentar à Direção, uma proposta fundamentada da metodologia a seguir.
SCP: Sei que está somente no seu segundo dia de trabalho aqui no CH, mas será que pode partilhar algumas ideias que já possua sobre o seu funcionamento?
DG: O nosso CH é uma das actividades de referência do SCP, bem evidente pelos resultados obtidos a nível internacional, nacional e regional, fruto de uma vontade, dedicação e empenho notáveis, por todos quantos aqui trabalham e trabalharam, por amor ao Clube e às atividades hípicas.
Está dotado com infraestruturas para as atividades desportivas (picadeiro olímpico, picadeiro coberto e campo de saltos), para alojamento de 90 cavalos (agrupados em boxes por pateos) e serviços de apoio (secretaria, bar, restaurante, boutique de artigos hípicos, armazéns, alojamento para pessoal, etc).
A actividade desportiva encontra-se dividida pela Escola de Equitação (Selas 1 a 9, Poney e Dressage, esta última ainda em projecto) e Competição (Categorias A a C, Estágios, Poules e Dressage, esta última ainda em projeto)
A actividade social, recreativa e cultural encontra-se dividida pelo Clube de Montada Livre (Falcoaria, PETerapia, esta última ainda em projeto), pelo Poney Club (Poney Games e Hipoterapia), Estágios e Poules.
Consideramos que a deslocalização para o PP/CLD vai potenciar a consecussão dos projectos em curso e permitir o relançamento do Hipismo e actividades conexas para objetivos mais ambiciosos e de maior relevo, garantindo o engrandecimento do Desporto na cidade do Porto, na Area Metropolitana do Porto e no País.
SCP: Muito obrigado por estes esclarecimentos e as maiores felicidades e realizações neste seu cargo.
DG : Eu é que agradeço a possibilidade que me deu de compartilhar esta minha experiência nesta “Visita de trabalho e Auditoria aos Procedimentos” no CH, que pretendo alargar a todas as outras secções, centros, dependências e actividades protocoladas, quer para universalizar e transversalizar os procedimentos administrativos, financeiros e logísticos no SCP, quer para ter a possibilidade de, no terreno, tomar contacto com a visão, ideais, projetos, limitações, dificuldades e constrangimentos de todos quantos…SOMOS SPORT!